24/11/2016

Tendência

Consumidor de veículos continuará preferindo cores neutras

Pesquisa da fabricante de tintas PPG confirma que garagens brasileiras permanecerão dominadas por carros de cores preta, prata e branca nos próximos anos


A PPG anunciou ontem os resultados de sua pesquisa anual com as cores automotivas mais populares, e a conclusão é que os consumidores continuarão a preferir carros com tonalidades neutras.O estudo é mundial e serve de base para saber quais serão as cores mais utilizadas nos próximos anos pela indústria automobilística.

O brasileiro está em linha com os demais clientes da América do Sul ao querer a cor branca no momento da compra. Em menos de uma década, a procura pelo branco quase triplicou ao saltar de 13%, em 2009, para 37%, atualmente. Isso fez com que superasse o até então líder absoluto prata, que ficou estabilizado em 29% de procura. Em seguida, aparecem as cores preta (12%), cinza (10%) e vermelho (8%).

Atualmente, cerca de 40% dos veículos de luxo no Brasil apresentam a cor branca. Já entre os populares, este índice chega a 35%.

“Pela alta demanda dos últimos anos, o mercado desenvolveu variações de brancos. O mais sofisticado é o branco perolizado, que é mais difícil de produzir e possui um valor maior. O mais vendido é o branco liso tradicional”, afirma Alex Amorim, Diretor de Laboratório Automotivo OEM da PPG.

Outra novidade foi o desenvolvimento de um branco liso um pouco mais escuro e amarelado, chamado de off white. Esse diferencial apresentado pelas montadoras conquistou o consumidor brasileiro.

Tendência mundial

Os resultados da América do Sul se parecem muito com a percepção mundial na escolha de cores automotivas. Segundo o estudo da PPG, a cor branca também se mantém como a mais popular entre os veículos globais, com 38%. No ano anterior, por exemplo, este índice era de 35%. Na segunda colocação no ranking mundial de cores preferidas está a preta, com 16% de procura. Em seguida, aparecem a prata e a cinza, com 12% e 10%, respectivamente. As quatro pinturas, somadas, representam 75% dos carros produzidos em 2016, de acordo com os dados da pesquisa.