Máquinas  27/01/2022 | Por: Redação

ABIMAQ

Receita da indústria de máquinas e equipamentos cresce 21% em 2021

Foi o quarto ano consecutivo com desempenho positivo nas vendas do setor


A indústria brasileira de máquinas e equipamentos encerrou o ano de 2021 com desempenho 21% superior ao registrado em 2020. Foi o quarto ano consecutivo a apresentar desempenho positivo nas receitas de vendas do setor. No ano houve a aceleração da recuperação da crise encerrada em 2017, período onde os investimentos do país recuaram a níveis historicamente baixos.

Assim, após ter recuado para uma receita média de vendas de R$ 13,7 bilhões ao mês em 2017, no ano passado as receitas retornaram ao patamar de R$ 18,5 bilhões, 23,2% abaixo do pico de  
desempenho, mas refletindo em uma importante recuperação nos investimentos do país.

Dezembro

No último mês de 2021 as receitas líquidas de vendas mantiveram a desaceleração observada desde o início do segundo semestre; ainda assim registraram crescimento de 0,4% na comparação  
com o mesmo período de 2020. A desaceleração se deu pela base de comparação e também pela piora na produção de bens de consumo, tanto duráveis como não duráveis. Por outro lado, se observou forte crescimento no setor fabricante de máquinas agrícolas (+25%) e máquinas rodoviárias (+43%).

Exportações

As exportações de máquinas e equipamentos, que vêm em trajetória de intensa recuperação na comparação com 2020, cresceram 46,4% em dezembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Assim, o resultado acumulado no ano foi de crescimento de 34,2% em relação a 2020.Em dezembro de 2021 o valor acumulado das exportações representaram 24,4% da receita das vendas do setor.

Importações

Nas importações de máquinas e equipamentos também houve crescimento em dezembro, de 7,3% na comparação com novembro e de 26,7% na comparação interanual. No ano, o acumulado foi de 23,4%. O resultado mostra que as importações de máquinas e equipamentos estabilizaram em nível observado antes da pandemia da Covid-19, ao redor de US$ 1,8 bilhão por mês. O mercado interno mais aquecido no primeiro semestre de 2020 estimulou investimentos tanto nacionais como importados.

Consumo aparente

Em dezembro o consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 7,4% em relação a novembro. No período houve queda de 20% na aquisição de bens produzidos localmente. Nas importações medidas em dólar houve crescimento de 7,3%, ou de 8,2% se medida em reais. No mês, o real se desvalorizou 1,4% frente ao dólar.

No ano, o crescimento de 14,8% teve influência positiva tanto da produção local quanto das importações. Mas a aquisição de bens locais predominou, elevando sua participação para 54,4% contra 49,9% em 2020.

Capacidade instalada

Novo recuo da utilização da capacidade instalada foi verificado em dezembro, desta vez de 2,2%, o quarto seguido em 2021. Hoje, o nível de ocupação é de 79,2%.

A carteira de pedidos, medida em número de semanas para atendimento, também registrou queda no último mês do ano, na comparação com novembro (-8,2%). Em relação ao mês de dezembro de 2020, a queda foi de 1,4%. No ano, a carteira de pedidos ficou 21,3% acima da observada em 2020, o que deve ajudar a manutenção da recuperação do setor em 2022.

Emprego

O setor encerrou dezembro com crescimento de 0,4% no número de pessoas empregadas. Com esse resultado, a indústria de máquinas e equipamentos atingiu o número de 367.545 pessoas empregadas em 2021, 42 mil a mais que em 2020.

Parte importante desse acréscimo se deu em razão da melhor performance do agronegócio, que alavancou setores fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, e também de setores relacionados à logística, construção civil e  infraestrutura, entre outros.