As importações de máquinas e equipamentos mantiveram em maio a tendência de crescimento observada nos últimos meses. Na comparação interanual o incremento foi de +5,2% e em relação a abril de 2,9%, totalizando US$ 2,675 bilhões.
No ano, as importações somaram US$ 13,1 bilhões, valor 10,3% superior ao registrado no mesmo período de 2024 e o maior da história para o período. A queda nos preços médios das máquinas importadas ao longo do ano (-6,0%) anulou parte da desvalorização do Real (15,4%) e viabilizou a maior entrada de máquinas, em quantum, no país (+17,3%).
Atualmente as importações são quase três vezes o volume de exportação de máquinas, fator que impacta em acréscimo mensal de cerca de US$ 2 bilhões ao déficit da balança comercial brasileira.
Investimentos
O mês de maio registrou expansão dos investimentos em máquinas e equipamentos, tanto produzidos localmente quanto importados. Foram consumidos no período R$ 37,6 bilhões em máquinas e equipamentos, um crescimento de 24% ante o mesmo mês do ano de 2024. Essa melhora proporcionou crescimento de 35% na receita liquida de vendas no mercado interno. As exportações, por outro lado, voltaram a registrar queda, anulando parte do bom desempenho no mercado doméstico.
Receita líquida de vendas
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou desempenho positivo na atividade durante o mês de maio. A receita líquida de vendas atingiu pouco mais de R$ 27 bilhões, crescimento de 26,3% em relação a mai24 e de 3,7% em relação a abril (com ajuste sazonal). O resultado do mês de maio foi reflexo da melhora da receita no mercado doméstico (+35,5%). As exportações voltaram a registraram queda (-5,9%).
Com este resultado, no ano, o setor manteve desempenho positivo (15,9% acima de mesmo período de 2024), favorecido pela base de comparação mais fraca, mas também pelo desempenho favorável dos setores menos sensíveis ao aperto da política monetária.
No mercado interno o setor de máquinas e equipamentos movimentou R$ 21,8 bilhões em maio, 35,5% acima do resultado obtido no mesmo mês de 2024 e 10,8% superior ao do mês imediatamente anterior, considerando os ajustes sazonais.
No acumulado do ano até maio houve crescimento de 20,8% ante o mesmo período de 2024, resultado que reflete a manutenção da recuperação observada desde meados do ano passado. Até o mês de abril o setor acumulava crescimento de 16,9%. Esse desempenho veio em linha com as expectativas de crescimento no primeiro semestre. Para a segunda metade do ano a previsão é de desaceleração intensa, sobretudo em razão dos efeitos cumulativos do aperto monetário e de um ambiente macroeconômico desafiador.
Exportações
As exportações de máquinas e equipamentos registraram queda no mês de maio e atingiram US$ 989 milhões. O pior desempenho se deu tanto na comparação mensal (4,1%) quanto interanual (-5,9%). Em maio de 2024 o setor exportou US$ 1.050 milhões. Apesar do fraco desempenho, no ano houve uma relativa melhora em função da redução da taxa de queda.
As exportações, que até abril passado acumulavam queda de 8,1%, em maio passaram a acumular queda de 7,7% em relação ao mesmo período de 2024. Parte importante da queda observada nas exportações de 2025 pode ser atribuída ao preço que recuou 3,5% no mercado internacional. A queda das exportações de máquinas e equipamentos medidas em quantidades foi de -3,8%.